segunda-feira, 4 de maio de 2009

Viagem ao passado (não muito distante)

Porto Velho, 18 de junho de 2008
Quase meia noite já, e não consegui pegar no sono, entao vim ao computador navegar na net, mas quem disse que a net estava pegando, ahh. Mas é isso, vamos conversar, vamos falar alguma coisa, distrair e esperar o sono chegar. Então nem sei o que dizer, eu comecei a escrever meu diário a meses atrás, mas em seguida o pc quebrou, mandei arrumar e levou dias... e nisso nunca mais escrevi até porque já tinham se passado varios dias e não conseguiria recordar tudo, mas eu posso resumir que muita coisa aconteceu desde o último dia que escrevi até hoje, aliás cada dia que se passa eu mudo mais, mas às vezes os dias tem sido cruel, pois eu procuro mudar coisa em mim mas parece que não consigo, todo dia eu procuro ser mais parecido com Jesus Cristo, mas parece que sempre pego a trilha errada. Eu creio que minha vida foi mudada radicalmente desde o dia que aceitei Jesus, mas posso garantir que não foi da noite para o dia, aliás no mínimo 50% foi mudado sim no dia que me entreguei a Jesus, mas essa outra metade tem me matado mais. Aliás, acho que estou me enganando um pouco, aliás são quase meia noite e sempre quando passa das dez da noite eu fico meio grogue, falo coisa com coisa. Mas é isso, então, vamos falar sobre humm, sobre o futuro. O que serei amanhã? Boa pergunta! O alvo eu sei o que é, mas a direção a ser guiada está meio obscura. Meu alvo se chama Jesus, eu sei que no fim da minha vida terrena eu estarei com Ele, mas o caminho até lá, as coisas que deverei fazer, ainda estão obscuras a mim. Eu não sei bem a verdade a vontade de Deus Pai para minha vida, o propósito sim eu sei, mas especificamente o que Ele quer que eu faça, com meu trabalho, com meu ministério (se eu tiver algum dia) eu não faço a mínima noção! Eu tenho caminhado, tentando, achar essas respostas, mas parece que eu ainda não cheguei até elas, deve ser que ainda não é a hora, ou não estou preparado a recebê-las. Eu estou estudando medicina, segundo ano, eu posso garantir que hoje a medicina não é tudo na minha vida. Quando entrei na faculdade meu alvo era a riqueza, era o desejo de poder realizar meus prazeres, mas houve um acidente no percurso, eu vi que eu estava no caminho errado, e um atalho apareceu me idicando o caminho certo. Com medo de me perder no mundo, eu decidi pegar o atalho, eu vi que esse atalho era uma caminho muito diferente do que eu seguia, aliás ele ia no sentido contrário do que eu estava seguindo, mas aliás, porque voltar atrás se eu já estava lá na frente? A resposta é que eu devia tomar o caminho certo. Então tá, esse caminho me parecia muito estranho, mas ao mesmo tempo era muito fascinante, pois eu encontrava no caminho coisas surpreendentes que me faziam andar mais nele e outra, me fazia andar mais depressa, pois a medida que eu caminhava eu encontrava respostas para as minhas dúvidas, mas nem tudo era maravilha, ao mesmo tempo que eu achava as resposta da minha vida mundana eu achava mais perguntas, mas essas perguntas eram novas, não faziam parte da minha vida passada. Uma coisa era as respostas das perguntas que eu tinha e outra era as novas respostas às novas perguntas que surgiam. A medida que eu pegava esse atalho, ele andava paralelamente a rota que eu vinha, e nele eu podia ver agora com outros olhos, todo o percurso que eu já tinha feito. Era como se eu caminhasse vendo um filme sendo rebobinado da minha vida. Mas esse filme é muito intrigante, eu não reconhecia o ator principal, que aliás era eu. Pois eu não me via sendo o Eu mais, e sim o Eu tinha mudado quando peguei o atalho. Houve um momento no atalho que eu parei, sentei sobre a grama, embaixo de uma árvore, e fiquei, horas e horas, parado e me vendo agir quando caminhava pelo caminho em direção a um mundo que não me pertencia. Eu parei e me vi, pude ver realmente como as coisas são, como elas realmente acontecem. Eu quis ter esse momento para saber em que caminho minha vida estava me levando. Queria enteder o porquê das coisas em minha vida estarem acontecendo daquela maneira. Eu estava gostando de ser um telespectador da minha vida. Eu queria saber como seria o final. Será que tinha alguém me assistindo? Será que alguém estava prestando atenção no que eu estava fazendo? Eu como telespectador já sabia, mas eu como ator principal não fazia idéia de onde que eu iria parar. Atuando no filme da minha vida, eu percebia que minha vida era diferente da qual eu tinha depois que tomei o atalho, eu sabia realmente que eu não era o mesmo. Mas eu ainda estava no atalho, e não perdia o foco de quando eu estava no caminho. Esse momento em quando pensei, debaixo da árvore, foi quando uma maçã caiu na minha cabeça, e eu me notei do que realmente estava acontecendo. Eu estava diante de dois caminhos, eu estava diante de dois Diogo, apesar de serem idênticos, eu estava no ponto mais intelectual da minha vida, eu estava no ponto onde a minha escolha seria a consequência da minha vida eterna. Eu estava num quarto com uma bomba relógio, e só havia duas portas para a saída, uma era a porta que dava para a rua, a outra era uma que dava para um precipício. Eu fiquei confuso na hora, claro que eu posso pegar a porta que dá para a rua, mas essa porta era estreita demais, eu tinha que me ajoelhar para passar, e a porta do precipicio era larga, fácil de passar, aliás eu estava pensado, eu posso pegar a porta do precipicio, afinal ele não é tal fundo quanto parece, aliás havia uma escada, que não subia e sim descia, mas era escuro. Para poder passar a porta da rua, eu devia me despir de tudo o que consegui no mundo. Para poder passar a porta do precipicio, eu devia simplesmente abrí-la. Eu não tinha decidido sobre qual porta abrir, e o tempo estava se esgotando, a medida que eu virava o rosto para ver qual porta seguir, o ponteiro do relógio dava mais uma volta e estava chegando a sua última volta. Eu estava suando frio, parei, respirei fundo, olhei pra cima, sabia que havia uma parede, mas meu olhar ia além disso, eu via o céu, via a luz cobrindo toda a minha face, nesse momento eu tive a minha decisão, nesse momento único da minha vida, com a certeza da minha vontade, eu me virei, olhei para a porta, olhava como um olhar de criança quando ganha um presente, um sorriso encheu minha face, eu podia sentir o como se aquela luz estivesse me levando a voar, eu então corri àquela porta estreita, me despi de todo o meu passado, me ajoelhei, levei a minha mão a maçaneta, abri a porta, e pude sentir-me nascendo de novo para uma nova vida, a vida que Jesus tem me dado.

3 comentários:

  1. Graças a Deus que você decidiu abrir essa porta.... creio que só faço parte da sua vida hoje, como outras coisas e pessoas maravilhosas, devido a essa decisão...
    Didio, nesse caminho tereis aflições, mas tende bom animo, segure nas mãos do PAI, siga avante... e se algum dia sentir-se sozinho, lembre-se estamos aqui...EU e CRISTO...

    Dios te bendiga..

    MArcela Braga

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  2. Seu blog está uma benção...que Deus te abençoe grandemente,e que Ele te use cada dia mais pra levar a palavra a quem precisar...Amém???
    Fik com Deus.

    Maria Clara Cavalcante.

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  3. aaaaaaaamén! ;)

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